quinta-feira, abril 27, 2006

Mértola quer dotar concelho com saneamento até 2009

A Câmara Municipal de Mértola vai investir 33,5 milhões de euros na expansão do sistema de saneamento em aglomerados com população superior a 40 habitantes. O objectivo é levar infra-estruturar quase todo o concelho até 2009.

sexta-feira, abril 21, 2006

Câmara despeja fossas a céu aberto


Os resíduos das fossas sépticas das habitações de Penedos, Mértola, estão a ser despejados ilegalmente por funcionários da autarquia num terreno baldio a um quilómetro da povoação e da ribeira do Vascão, que divide as regiões do Alentejo e do Algarve. Este atentado ambiental foi detectado no início da semana por moradores da localidade, situada a 25 quilómetros da sede do concelho, presidido pelo ex-director regional do Ambiente do Alentejo, Jorge Pulido Valente.


Contactados ontem pelo CM, tanto o presidente da Câmara de Mértola como o vereador do Ambiente, Jorge Rosa, disseram desconhecer o caso e garantiram que a edilidade irá “averiguar a situação”, até porque os funcionários “têm ordens para despejar os detritos na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) mais próxima”.

Manuel Nunes, um dos queixosos, disse ao CM que se apercebeu do crime ambiental na segunda-feira, quando circulava na estrada que liga Penedos a Martinlongo (Algarve). “Despejaram as fossas no terreno perto dessa estrada duas ou três vezes e na quarta-feira voltaram a fazer o mesmo mais quatro vezes. É lamentável que isto aconteça, ainda para mais num concelho gerido pelo antigo director do Ambiente do Alentejo”.

Numa das situações em que verificou a ilegalidade, Manuel Nunes questionou os trabalhadores da câmara. Estes, segundo o morador, responderam: “Andamos a fazer isto aqui há tanto tempo e agora vem você chatear a gente”. Face a esta resposta, Manuel Nunes acredita que “os funcionários estavam a fazer o serviço à revelia dos responsáveis, para evitarem percorrer os 50 quilómetros da viagem de ida e volta até à ETAR de Mértola”.

José Ruas, dono de um terreno a cerca de 400 metros do local onde foram despejados os resíduos, diz que nunca mais beberá água do seu furo. “Estas porcarias infiltram-se na terra. A partir de agora tenho medo de beber desta água”.

"A SITUAÇÃO NÃO ME AGRADA"

Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Mértola, mostrou-se ontem surpreendido com o caso. “Não tinha conhecimento dessa situação que, a verificar-se, não me agrada e é profundamente criticável”, referiu. Segundo o autarca, que já foi responsável pelo Ambiente no Alentejo, o despejo das fossas a céu aberto “foi um método herdado do passado” devido à inexistência de ETAR na maioria das freguesias do concelho.

“Temos mais de 140 povoações, muitas delas distantes de Mértola, e havia o hábito de despejar os detritos a céu aberto. Neste caso poderá ter havido uma falha de comunicação nos serviços, pois têm ordens para despejar as fossas nas estações mais próximas”, afiançou.

ENQUADRAMENTO LEGAL

PROIBIDO
O decreto-lei n.º 239/97 proíbe o abandono de resíduos, bem como a descarga dos mesmos “salvo em locais e nos termos determinados por autorização prévia”.
COIMAS
Se praticado por pessoa colectiva, o abandono e descarga ilegal de resíduos é punível com coima de valor entre 2500 e 45 mil euros ou entre 500 e 15 mil euros.
GRAVIDADE
A deposição de lamas com elevados teores de metais pesados nos solos é grave, nomeadamente porque aqueles se acumulam nos tecidos vegetais e animais.

Alexandre M. Silva, Évora
Correio da Manhã 21/04/2006

segunda-feira, abril 17, 2006

Cabresto proveniente de Mértola



Um cabresto desgarrado da praça de touros de Albufeira investiu sobre os peões e provocou, ontem à tarde, cinco feridos em Albufeira, um dos quais militar da Guarda Nacional Republicana (GNR). Causou ainda um acidente de viação e danificou vários veículos estacionados, espalhando o pânico entre os populares. Três dos feridos foram transportados para o Hospital Distrital de Faro, por o seu estado inspirar mais cuidados, enquanto os restantes dois receberam assistência no Centro de Saúde de Albufeira.Cabrestos são vacas utilizadas no fim da lide para ajudar a retirar o touro da praça.

O animal, proveniente de Mértola, conseguiu fugir quando estava a ser preparado o seu transbordo de um camião para a praça de touros daquela cidade, onde ontem pelas 16.00 se realizaria uma tourada. Depois de escapar, o animal acabou por percorrer mais de cinco quilómetros ao longo da avenida principal e imediações, até ser abatido com vários tiros por elementos da GNR. Pelo meio desta insólita corrida, ainda teve tempo para "visitar" a piscina de um empreendimento turístico.

Diário de Noticias
16/04/2006